Saí da casa de Carmem com a cabeça explodindo de tanta informação e enjoada de tanto chá e biscoito amanteigado, mas era impossível ser rude ou mal-educada com a anfitriã. Ela, sem dúvida, era uma mulher rara e tinha me tratado tão bem que qualquer coisa que eu fizesse para magoá-la, jamais me perdoaria.
Entretanto, durante a conversa, Carmem mencionou que Beatrice havia me fornecido inúmeras fotos de Andreas e da família, porém em momento algum o diário foi citado. Parecia que ele realmente estava esquecido, se é que elas sabiam de sua existência. Por dúvida, resolvi não falar nada.Os meses se passaram do melhor jeito possível. Andreas e eu interagíamos mais intimamente. Eu sentia que estava perfurando a bolha na qual ele tanto se escondia.
Confesso que a leitura do livro de Ítalo Calvino nos aproximou bast