Dentro do carro, a caminho de casa, o clima era de muita tensão. Victor foi me intimidando durante todo o trajeto.
— Não vou admitir que fique de papo com aquele infeliz, nas minhas costas!
— Então leve a dona Marlene, recatada, na próxima vez!
Victor soltou o meu braço e virou-se de frente, fechando o semblante.
— Quer que a demita? Tem ciúmes de toda mulher que está próxima de mim!
Eu respirei fundo e segurei o choro. Eu não tinha mais disposição para discutir com o Victor, sempre pelo mesmo motivo. Depois da dona Marlene viriam outras.
— Faça como quiser, Victor! Você permitiu a ousadia desta mulher, como fez com a Rafaella! Talvez esse seja o tipo de mulher que lhe atraia.
Victor fechou os olhos guardando a sua dor e em seguida já virou-se para mim usando a sua defesa que vinha sempre em forma de intimidação.
— Já perdeu seu filho uma vez, se não aprendeu a lição, posso repetir a dose e desta vez não voltará a minha casa, nem mesmo como uma serviçal!
Eu sacudi o meu br