Capítulo 109
Théo passou a mão pelos cabelos e soltou um suspiro profundo. Aquela noite havia sido diferente de tudo que lembrava nos últimos tempos. O jeito como ela dormia, relaxada, como se confiasse nele de verdade. Como se pertencesse aquele lugar, sempre ao seu lado.
— Que mulher fogosa... Senhor, que delícia — murmurou com um sorriso malicioso no rosto, ainda sentindo o gosto dela na boca.
Caminhou em silêncio até a cozinha, ligou a cafeteira e enquanto o aroma do café fresco preenchia o ambiente, foi dar uma última olhada para Ester deitada em sua cama. O lençol mal cobria o corpo dela e a luz fraca do corredor desenhava a silhueta perfeita que mexia com ele.
Com a caneca quente em mãos, foi até o computador. O monitor ainda exibia os rastros da investigação. A ficha que conseguira rastrear não era oficial, parecia uma identidade montada, limpa demais, com poucos dados de redes sociais e sem qualquer vínculo real. Um fantasma.
— Você não é qualquer um... — murmurou, franzindo