– Está tão frio aqui fora. Você deveria entrar.
– Não me diga o que fazer – ralhou June, arrancando uma erva daninha do seu canteiro de jacintos. Por mais que arrancasse, elas sempre davam um jeito de crescer novamente.
Estava mesmo muito frio, claro, aquele era o solstício de inverno. O ar gélido que pairava ao seu redor penetrava em suas roupas, mesmos usando meias grossas, vestido de inverno e um casaco quentinho. Sua face, ponta de nariz e orelha estavam quase congelados, quando expirava, o ar se condensava diante de seu rosto, formando pequenas nuvens brancas que se dissipavam logo em seguida.
Dante se abaixou ao lado de June, fitando as flores de pétalas finas e encurvadas, rosas e roxas. Eram tão belos, os jacintos, tão diferentes e exóticos.
– Jacinto era um homem tão extraordinário que despertou a paixão do deus Apolo, o d