217. CAMILO E O JUIZ GERAL

O senador Camilo Hidalgo ficou observando a imagem congelada na tela da televisão. Não podia negar a semelhança entre elas, mas poderia ser uma simples coincidência. Ele se reuniria com o senhor Rhys e pediria que o deixasse fazer um teste de paternidade na garota, sem que ninguém soubesse.

—Deve ser assim para que não nos aconteça o que aconteceu outras vezes, está bem? —falou com seriedade—. Não faça nada, não vá se tornar amiga dela como das outras vezes. Prometa, Clavel! Desta vez vamos fazer tudo certo. Não quero fazer sua mãe sofrer com falsas esperanças.

—Mas papai, eu te digo que é ela… —protestou Clavel.

—¡Clavel! —gritou sem poder se conter—. Você não percebe que está matando sua mãe? Por favor, filha, deixe que desta vez eu resolva tudo, está bem? Prometa-me.

Clavel ficou olhando para o pai e aceitou. Prometeu que esperaria tranquila, que não se aproximaria dela.

—Desculpe, papai —disse em um sussurro—. É que mamãe passou a vida se sentindo culpada por tê-la perdido e sofre
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