A noite caía sobre Chicago com um tom estranho de tensão no ar.

As luzes da Torre Moretti cintilavam como um farol no meio da escuridão, mas lá dentro, os corredores estavam mais silenciosos que o normal. O núcleo de confiança de Dominic — formado agora por Lorenzo, Marcellus e Isabella — se reunia secretamente numa sala de reuniões com isolamento acústico.

Ezra estava lá também. A mão trêmula segurava uma xícara de café pela metade.

Dominic se inclinou sobre a mesa, seus olhos claros perfurando Ezra como se pudesse ver além da pele e dos nervos.

— Precisamos virar o jogo, e vamos começar hoje. — A voz dele era baixa, mas cortante. — Você vai marcar uma nova reunião com o “Observador”. Diga que tem mais dados para enviar. Use a frase exata: “O rei abriu a jogada final.”

Ezra assentiu, visivelmente assustado.

— E depois?

— Depois, nós mostramos a ele que esse tabuleiro é meu.

Lorenzo conectou um tablet ao projetor da sala. Uma imagem de um homem apareceu. Rosto comum, feições apagadas,