Carlos
Já eram oito horas da noite e estávamos organizando os últimos ajustes para a invasão. Éramos no total de cento e cinquenta homens, o que seria mais do que o suficiente para tomar toda a favela e surpreender aqueles vagabundos. Fui bem claro quanto às instruções para a invasão, principalmente sobre a situação do sequestro da Geovana.
— A situação dessa vez será um pouco diferente do que estamos acostumados. Como vocês sabem temos uma pessoa sequestrada no morro e precisamos tomar muito cuidado para que ela não se machuque. Nada pode dar errado nessa invasão, todo cuidado é pouco. Entendido?
— SIM. — Todos os soldados respondem ao mesmo tempo
— Todos aqui as duas horas da madrugada em ponto. Estaremos saindo às 2:30h. Agora, estão dispensados.
Todos os soldados seguiram seus destinos. Eu permaneci ali no batalhão. Não tinha nenhum motivo para ir pra casa. Aquele lugar que conquistamos com tanto esforço e amor, agora não tinha nenhuma importância pra mim. Assim que essa operação