Simone
— Não sou nenhum Adonis Kappas na cozinha, mas eu me viro muito bem — resmunga fazendo graça. E como se vira bem! Pensei, lembrando da sua dança de segundos atrás.
— Quer ajuda aí? — indaguei saindo do seu abraço e fui até o fogão.
— Sua? Sempre minha galega gostosa. — disse audacioso e me abraçou por trás para beijar demoradamente a minha nuca. E mais uma vez senti o meu rosto queimar, porque sei que se refere ao que fizemos na água mais cedo. Soltei um suspiro baixo e sorri da lembrança.
— Termino de cortar os legumes. — Propus após bisbilhotar as panelas.
— Ótimo! E eu cuido do peixe.
— A propósito, onde conseguiu um peixe? — perguntei e começo a fazer os cortes.
— Aproveitei o seu sono e pesquei um. — Parei o meu trabalho e o olhei embasbacada.
— Você pescou um peixe? — indaguei impressionada e ele deu de ombros.
— Pesquei. Tem algumas varas e iscas artificiais no depósito. Aproveitei o fim da tarde e a calmaria para pescar. — Sorri.
É quase impossível me concentrar na cozi