SARA.
Minha agitação me queimava a garganta.
Eu tinha deixado de ouvir meu nome na boca do Adam há alguns minutos e corri para pegar um táxi, que quase me atropelou.
Coloquei minha mão no pescoço para me controlar um pouco, e o homem me olhou no espelho retrovisor com um olhar franzido.
—Senhorita...?
—Para a estação de trem, por favor...?
—A esta hora? — Suas mãos agarraram o volante, quando um homem tocou a buzina para ele—. É um pouco perigoso...
Eu enxuguei as lágrimas que estavam brotando sem parar e depois acenei com a cabeça.
—Sim... por favor, vamos...
O homem respirou fundo e começou a andar enquanto eu procurava na minha bolsa o meu telefone celular.
Eu mal conseguia manter meu equilíbrio. Me sentia muito instável. As adagas ainda estavam na minha pele e na minha memória, e levei mais de dois minutos para encontrar o contato do meu irmão.
Alexander Mars.
Os tons ecoavam pelos meus sentidos, como se meu corpo fosse um vazio e ecoasse por todo o meu ser, mas ele não atendia um