Minhas mãos tremiam tanto que mal conseguiam segurar o papel. O coração martelava contra minhas costelas como se tentasse escapar antes de mim, enquanto meus olhos percorriam as linhas que ditariam o que eu teria que suportar a partir de agora.
Comecei a ler o contrato de casamento que Mabel havia assinado, compreendendo perfeitamente por que ela havia fugido antes de se casar. Era inacreditável que Leonardo pudesse ser tão gélido e indiferente.
Cada palavra que eu lia parecia consolidar a péssima impressão que tinha do homem com quem entrei no altar:
“Este casamento se trata apenas de uma união comercial, sem espaço para afeto, fidelidade ou consideração.
Não é da obrigação do marido nenhuma expressão de afeto.”
Forcei-me a continuar a leitura, ciente de que cada palavra era pior do que a anterior.
“O marido não é obrigado a declarar amor, dizer ‘eu te amo’, fazer elogios, ou demonstrar qualquer sentimento pela esposa.”
“O marido não é obrigado a oferecer beijos fora de aparênci