LUIZA
O Filipe chegou do trabalho visivelmente preocupado com alguma coisa, então perguntei:
— Amor aconteceu alguma coisa?
— Não! Nada demais! — falou desconversando.
Ele foi tomar um banho, e quando saiu, nós jantamos juntos, mas ele estava calado e distraído, e eu sabia que havia algo. Eu cheguei a falar com ele, e ele estava tão distante, que não me escutou.
Ele foi para o escritório, ficou um tempo por lá e eu pude ter certeza de algo incomodava ele, pois ele só vai ao escritório à noite quando tem algo pendente do trabalho para resolver, ou quando está estressado ou apreensivo com algo. Ele saiu do escritório, eu estava na sala assistindo TV, e ele me chamou para que nós pudéssemos assistir lá no quarto.
Eu cochilei enquanto assistia, mas acordei quando escutei o telefone dele tocando, e vi quando ele saiu para atender.
Ele voltou, deitou do meu lado, e então eu acabei perguntando:
— Tu não vai mesmo me contar o que está acontecendo? — perguntei seria.
— Não é nada Luiza! —