LUIZA Estávamos em mais um dia de trabalho, e no final do expediente todos foram embora. O Felipe precisava ver algumas questões de um projeto, e eu estava esperando por ele. Como já havia passado do horário, eu falei para que ele liberasse a Aline para ir embora, pois caso ele precisasse de algo, eu poderia auxiliá-lo. Na verdade eu estava mal intencionada, mas agi como se fosse por algo estritamente profissional. O Felipe, que havia perdido a noção da hora, foi até a Aline e a liberou, se desculpando por não ter se atentado ao horário.— Imagina, eu fico o tempo que precisar — disse Aline. Ela era uma excelente secretária executiva, não apenas pelos muitos diplomas que tinha, mas também por sua dedicação.— Pode ir Aline. Realmente não é necessário que fique. A Luíza teria que ficar de qualquer forma.— Tudo bem então — ela falou se dando por vencida — Qualquer coisa podem me ligar. Nos despedimos da Aline, e ficamos ali trabalhando por mais uma hora e meia, ele vendo as cláusul
LUIZAA sensação de passar mal naquela elevador foi bem estranha. A minha visão escureceu, eu vi tudo rodando, e depois não vi mais nada. E Quando acordei, já estava novamente no carro, e o Felipe estava me levando para o hospital. Depois de algum tempo, estávamos aguardando o resultado do exame de sangue, quando o médico nos chamou até a sala dele.— Os resultados dos exames da Luiza sairam, e eu tenho uma notícia para vocês — disse o Dr. Leonardo nos fitando. — O motivo do desmaio da Luiza foi que ela está grávida. Parabéns papais! O sorriso veio de imediato no meu rosto, pois eu sabia da possibilidade. A minha menstruação estava mesmo que a poucos dias, atrasada, e geralmente meu ciclo é de vinte e oito dias sem atrasos. Só não quis falar nada para o Felipe, para não criar uma expectativa falsa nele. Assim que o médico deu a notícia, eu olhei para o Felipe e ele estava estático. Ele ficou totalmente inerte por alguns segundos, parecia não acreditar no que havia acabado de esc
FELIPESe passou uma semana desde o dia que descobrimos que teríamos um bebê, e chegou o dia da ultrassonografia transvaginal. Iríamos escutar o coraçãozinho do nosso bebê, e ver se estava tudo bem com ele. Chegamos na clínica, e logo a Dra. Juliana veio nos atender. Fomos até a sala para o exame de ultrassonografia transvaginal, e a médica pediu para que a Luiza trocasse a roupa para o procedimento. Assim que a Luiza voltou, ela pediu que ela sentasse na cadeira, e reclinou ela para começar o exame.Antes de começar o procedimento, a Dra. Juliana começou a nos explicar:— Esse exame confere se o embrião se implantou no local correto, mede o colo do útero, avalia de quantas semanas é a gravidez e ajuda no cálculo da data provável do parto. Dependendo do tempo de gravidez, dá inclusive para já ouvir os batimentos cardíacos do bebê durante esse ultrassom. Como a Luiza está apenas com seis semanas, vamos fazer o possível para escutar o coraçãozinho dele, tudo bem?— Sim — respondemos
LUIZA— POSITIVOOOOO... AHHHH — gritei de felicidade.— Eu estou grávida! Guria, eu estou grávida — Mari falava eufórica e assustada. Nos abraçamos sorrindo e chorando ao mesmo tempo. — Vamos fazer uma chamada de vídeo para Manu — falei e ela assentiu na mesma hora.Começamos a chamar a Manu em vídeo, que infelizmente não pode estar conosco, pois tinha uma reunião na empresa dela no primeiro horário. Mas, depois de algumas poucas chamadas nos atendeu.— Estava no meio de uma apresentação na reunião, mas como sabia do que se tratava, eu falei que precisava urgente ir ao banheiro — Manu nos contou sorrindo no outro lado da tela — E aí? E aí? Meu sobrinho vem?— Estou gravida amiga — Mari contou sem conseguir conter as lágrimas. Não só ela, eu não conseguia parar de chorar. Não sei se por conta dos hormônios ou por saber que iríamos fazer tudo aquilo juntas. Nossos filhos iriam crescer juntos assim como foi com nós duas, e eu não poderia está mais feliz.— EU SABIAAAAAA — Manu gritou. —
FELIPEDescobrir que seríamos pais de um casal de gêmeos foi emocionante demais. Eu sempre sonhei em ter uma família, mas nem nos meus melhores sonhos eu imaginei que poderia ser tão feliz. Eu nem imaginava que fosse capaz de amar da forma que eu amo a Luiza, e nunca imaginei que ser pai iria me deixar tão completo. Eu posso dizer com toda certeza que hoje eu sou o homem mais feliz desse mundo, mais completo e mais realizado. Minha família é a minha vida e o que tenho de mais precioso nesse mundo. Depois que descobrimos o sexo dos nossos bebês, eu e a Luiza concordamos que ela escolheria o nome da menina, e que eu escolheria o nome do garoto. A Luiza sem pensar duas vezes escolheu que o nome da menina seria Ana, em homenagem a sua mãe. Já o nome do menino ficou em aberto, pois eu não sabia que escolher um nome seria tão complicado. No final das contas, eu pedi que a Luiza colocasse alguns nomes que ela gostava em uma lista, para que isso pudesse me ajudar a escolher o nome
LUIZA Chegamos no hospital ainda de madrugada, e fomos encaminhados para um dos quartos. A Dra. Juliana já havia avisado que em poucos minutos chegaria, então ficamos esperando. Algum tempo depois que a minha bolsa havia estourado, comecei a sentir algumas contrações menos espaçadas. Em menos de meia hora que haviamos chegarmos no hospital, a Dra Juliana chegou e começou a me examinar. Ela então falou que se tudo se encaminhasse como estava previsto, que conseguiríamos um parto normal, pois os gêmeos estavam posicionados. Os intervalos das minhas contrações ainda eram de vinte minutos, e duravam de trinta a quarenta segundos. A Elaine e o Felipe ficaram o tempo inteiro do meu lado. Cerca de uma hora depois que estávamos no hospital, a Manu e o Rafa chegaram, seguidos da a Mari e do Davi que chegaram 5 minutos depois. Estava tudo tranquilo até então, as contrações eram espaçadas, e apesar da bolsa ter estourada, a Dra. Juliana nos tranquilizou.— Luiza, pode ficar bem
LUIZAO Miguel e a Ana estavam com duas semana, quando fizemos um almoço de domingo para o Rafa, a Manu, o Theozinho, o Davi e a Mari, que a qualquer momento poderá entrar em trabalho de parto, por ter entrado na quadragésima semana. Foi um domingo bem agradável, e os gêmeos foram muito mimados pelas dindas. A mãe do Felipe que ficou aqui por duas semanas, foi embora há dois dias. A Célia e o Luiz chegarão hoje a tarde, e ficarão até a Beatriz nascer. Passaram-se dois dias, e chegou o dia do nascimento da Beatriz. A Mari começou a sentir as contrações a noite, e o Davi a levou para o Hospital, juntamente com a Célia e o Luiz. Como eu não pude ficar no hospital por conta da Ana e do Miguel, o Felipe foi ficar com eles. Eu pedi que ele me atualizasse sobre tudo, e não consegui dormir direito à noite. Eu estava angustiada, e sempre que cochilava, eu tinha pesadelos. De manhã a Mari chegou nos dez centímetros de dilatação, e a equipe começou a fazer o parto dela, e eu fiquei a
LUIZA Eu armazenei uma boa quantidade de leite e liguei para o Felipe que estava com o celular desligado. Eu não pensei duas vezes e chamei um Uber para ir até o hospital, deixando os gêmeos com a Clau e a babá. Chegando no setor da maternidade, logo vi o Felipe.— Amor?— Cadê a Mariana?— Por que você não me ligou? Eu ia te buscar.— Eu liguei, mas seu celular está desligado — falei com um semblante sério. — Cadê a Mariana?— O Davi, a Célia e o Luiz entraram lá agora para vê ela.Ele pegou o celular e constatou que estava desligado.— Me desculpa amor, eu não vi que havia descarregado.— Tu sabia o quando eu estava aflita, eu estava lá às cegas, comecei a pensar um monte de besteira.Antes que ele pudesse responder alguma coisa, a Manu e o Rafa se aproximaram.— Como você está amiga? — a Manu perguntou.— Estou bem! E ela como esta?— O pior já passou — a Manu falou me abraçando. — Ela vai ficar bem.— Como estão os gêmeos?— Estão bem! Estão com a Claudinha e a Keila. Nós