Angel Lioncourt | New York
Nos dias que se seguiram, a sensação de leveza continuou crescendo, mas não sem uma dose de desconforto. Eu não estava acostumada a esse tipo de calma. Parecia que, pela primeira vez em anos, o peso que carregava nos ombros havia diminuído, e eu podia respirar sem sentir que algo estava prestes a dar errado.
O crédito disso? Aaron.
Ele não era apenas uma presença constante; ele era a faísca que fazia cada dia parecer mais brilhante. Mas, ao mesmo tempo, isso me assustava. A ideia de depender de alguém, mesmo que fosse dele, me deixava inquieta.
E era exatamente esse conflito que estava na minha mente enquanto eu atravessava o escritório naquela manhã.
Bonnie estava na minha sala, como sempre, organizando uma pilha de documentos e rabiscando anotações em seu tablet. Quando olhou para mim, seu sorriso tinha um toque de travessura.
— Você está sorrindo.
— E isso é um problema?
— Não. Só estou dizendo que alguém está claramente mexendo com você.
Revirei os olhos