Angel Lioncourt | New York
Eu estava louca. Não havia outra explicação.
Minha mente não parava de repetir a mesma coisa enquanto eu apertava o botão do elevador e esperava aquelas portas de metal se abrirem. A batida do meu coração parecia ecoar na minha cabeça, acompanhada pela ressaca que insistia em me torturar. E, claro, o arrependimento. Como diabos acabei no quarto de um estranho? Bem, nem tão estranho assim. Eu ainda me lembrava do sorriso de canto, da forma como ele… me tocou. Mas isso não tornava a situação menos absurda! Deus, isso nem era hora para se ter esse tipo de pensamento!
Eu não podia ficar presa ao que aconteceu. Então, eu fugi. Fugi. A única coisa que parecia racional era sair daquele hotel e enterrar essa noite no fundo da minha mente. Quando aquelas portas finalmente se abriram, foi como se eu estivesse escapando de um pesadelo, mas parte de mim sabia que a realidade ainda era uma bagunça que eu teria que encarar.
A caminho de casa, cada esquina da cidade parecia