Arthur

Ouço Sônia a perguntar e prontamente me levanto.

- Você se lembra do Arthur, Cris?

- Não, desculpe.

- Oi Cris, quanto tempo.

Ela me olha como se realmente não me conhecesse. Aperto sua mão e sinto um delicioso calor pelo corpo. A mulher a minha frente e compatível com um modelo. Tudo no mais perfeito lugar.

- Desculpa não me lembrar Arthur. Você e daqui?

Confesso que estou decepcionado por ela não se lembrar de mim.

- Sempre vim para passar as férias. A casa azul próximo ao lago era da minha mãe.

- Sim claro, a casa da dona Maria Clara.

- Isso mesmo! Lembra agora?

Deus que sorriso lindo. Não acredito que aquela magrela virou essa linda mulher.

- Sim eu me lembro. Você jogava futebol no campinho perto do lago com os meninos.

Dou meu melhor sorriso e pergunto como quem não quer nada.

- Vai ficar por aqui quanto tempo?

- Na verdade vim para ficar. Pelo menos por um tempo.

Quando eu estava já pensando na sorte que tenho, escuto Sônia dizer com orgulho.

- A Cris está para casar. Deve ficar com a gente até o casamento.

Escondo a minha decepção atrás de um sorriso educado e falo.

- Parabéns, espero que seja muito feliz.

- Obrigada.

Lucas entra brincando com Thor e eu aproveito para me recompor da decepção.

- Filho diz Olá para a Cris. Ela é uma conhecida do papai há muitos anos.

- Oi, Cris. A tia disse que você é muito legal.

- Oi Lucas, eu estava ansiosa para te conhecer. Você é muito lindo.

Vejo ela se abaixar e estender os braços para meu filho que não exita e se atira neles. Como eu queria estar naquele abraço.

- Você também é muito bonita, tia Cris. Eu quero brincar muito com você.

- Nós vamos sim.

Ela diz sorrindo e bagunça o cabelo do meu filho.

Aproveito para dar uma olhada detalhada enquanto ela dá atenção ao Lucas.

Seus longos cabelos castanhos chegam até a cintura. O corpo é perfeito e sua pele parece macia e suave. A mulher é uma deusa andando sobre a terra.

Meus pensamentos são interrompidos pelos latidos de Thor e já sei que é o Sr Mathias chegando do trabalho.

- Papai, que saudades!

Minha deusa abraça e beija o rosto do pai e eu mais uma vez queria estar no lugar dele.

- Que bom que chegou filha. Fez boa viagem?

- Tudo tranquilo.

- Boa noite Sr Mathias!

- Boa noite Arthur.

- Eu vou tirar o jantar, vocês lavem as mãos.

Dona Sônia levantou e saiu para a cozinha.

- Vou ajudar a mamãe.

Cris sai atrás e eu levo Lucas para o banheiro para levar as mãos. Na sala de jantar me sento ao lado da Cris e sinto seu delicado perfume.

- Tia Cris você me ajuda?

O malandrinho do meu filho já vai prendendo a atenção da gata.

- Não incomoda a tia Cris, ela está cansada da viagem. Eu te ajudo.

Falo e tento pegar o prato do Lucas.

- Pode deixar, vai ser um prazer ajudar esse príncipe.

Ela deu uma piscada e meu coração errou umas três batidas. Como eu queria ter essa mulher sorrindo ao meu lado. Se tivesse uma única oportunidade, não a perderia por nada.

O jantar terminou em mais ou menos uma hora e eu estava relutante em ir para casa. Sei que a Cris está cansada da viagem é deve estar louca para conversar com a família.

- Obrigada pelo jantar dona Sônia, estava tudo maravilhoso como sempre.

- Não tem de que, é sempre um prazer ter você aqui.

Me despeço de todos e vou para a solidão da minha casa deixando meu filho aos cuidados de Sônia e a filha. Mas a minha vontade era de ficar ou levar aquela deusa comigo. Há muito tempo que uma mulher não desperta o meu interesse, mas infelizmente a deusa já está com o pé na porta da igreja.

Se eu tivesse prestado atenção nela a alguns anos, talvez tivesse uma chance.

inconformado custei a pegar no sono e logo era hora de ir trabalhar.