Emily...
Bernardo e eu continuamos caminhando até o carro em silêncio, a tensão entre nós era quase palpável. O ar da noite estava frio, mas o que realmente me fazia arrepiar não era a temperatura. Ele abriu a porta do passageiro para mim, e eu entrei, sentindo meu coração bater forte no peito. O silêncio entre nós continuou, denso e pesado.
Depois de alguns minutos de estrada, Bernardo finalmente quebrou o silêncio. — Você vai dormir na minha casa hoje — afirmou, o tom de voz autoritário, como se fosse uma ordem e não um convite.
Respirei fundo, mantendo a calma. — Estou cansada, Bernardo. Além disso, não avisei minha mãe que dormiria fora. Preciso ir para casa.
Ele bufou, irritado. — Desde quando você precisa pedir permissão à sua mãe para dormir comigo? — Ele me lançou um olhar de canto, cheio de desdém.
Tentei manter um tom conciliador. — A noite foi agradável, Bernardo. Vamos não estragar isso agora. Podemos evitar brigar.
Ele riu, mas não era um riso divertido. — Quem gosta de