— Está nervosa? — perguntei, divertido, enquanto ela olhava ao redor, claramente desconfortável.
— Surpresa — respondeu, sem conseguir me encarar.
— Por que surpresa? Nos encontramos exatamente aqui, há dois anos — provoquei, inclinando-me um pouco mais perto. Ela suspirou e pareceu ficar ainda mais apreensiva.
— O que acha de irmos para um lugar mais tranquilo? — sugeri, me aproximando ainda mais. Ela olhou para mim assustada, e eu senti que precisava ser mais direto. Passei a mão pela sua cintura e puxei-a levemente para mais perto, mantendo meu olhar fixo no dela.
— Gostaria muito de relembrar o sabor dos seus lábios nos meus — murmurei, minha voz carregada de intenção.
Ela se afastou imediatamente, o olhar sério e decidido. — Tenho namorado! — afirmou, sua voz firme.
— Por que foi embora sem falar comigo? — perguntei, mudando de assunto rapidamente.
— O quê? — ela respondeu, claramente confusa com a mudança.
— Na noite em que ficamos, por que foi embora sem se despedir? — pergunte