A chamada não foi atendida.
Leo soltou um rosnado baixo, sua frustração era evidente no ar.
Sem perder um segundo sequer, ligou rapidamente para seu tio Kael. Ao primeiro toque, a voz do homem emergiu do aparelho, embargada por soluços incontroláveis.
— Leo, onde diabos você se meteu? Volte para cá agora mesmo!
Leo franziu o cenho, desconcertado.
— Tio, estou em casa. O que aconteceu?
— Você já viu seus pais? — A voz de Kael tremeu violentamente. — Tiveram seus corações arrancados! Quem cometeu essa atrocidade odiava eles com intensidade avassaladora! Leo... falhei com eles... Jamais vou conseguir me perdoar!
Os soluços angustiados atravessavam o telefone como punhaladas. Leo cerrou os dentes, sua expressão se transformando numa máscara sombria de incredulidade.
— Você está bêbado de novo? — Ele indagou com uma voz grave.
— Como eu gostaria de estar! — Rebateu Kael com desespero. — Preferiria mil vezes que tudo isso não passasse de um pesadelo delirante! Mas é real! Seus pais foram as