Capítulo 172 — Já não é família
Narrador:
A porta do escritório fechou-se com um estrondo quando o Diabo e Dominic saíram, e o eco do portão vibrou no ar junto com o cheiro metálico do cano que ainda sentia na garganta. Mauricio deixou-se cair contra o encosto da cadeira, ofegando como um animal ferido.
Ele cuspiu saliva misturada com sangue em um lenço que tirou do bolso e, com a mão trêmula, esfregou a boca. O rosto endurecido, os olhos injetados de raiva.
— Azucena, maldita seja! — ele rosnou entre dentes, batendo na mesa com o punho, que ressoou na madeira.
Dois de seus homens entraram cautelosamente ao ouvir o barulho.
—Chefe? Quer que...?
—Fora! —bradou Mauricio, levantando a cabeça com os olhos em chamas—Fora todos!
Os homens se retiraram imediatamente, fechando a porta atrás de si. O silêncio voltou a preencher o escritório, interrompido apenas por sua respiração ofegante. Mauricio apoiou as mãos na mesa e se inclinou para a frente, o rosto desfigurado por uma mistura de raiva