CAPÍTULO CENTO E TRINTA: MINHA IMENSA CULPA.
POV CASPIAN.
As palavras de Magnos ecoaram em minha mente como um trovão, cada sílaba cortando mais fundo que qualquer garra. Gaia tentou suicídio. Minha companheira, a loba que jurei proteger, chegou a um ponto de desespero tão grande por minha causa que tentou tirar a própria vida. O ar parecia insuficiente, meu peito se apertava, e eu mal conseguia manter-me de pé. Curvei-me ainda mais, as mãos apoiadas nos joelhos, enquanto a dor me engolia.
— Como… como isso aconteceu? — murmurei, a voz fraca, quase inaudível. Meus olhos encontraram os de Magnos, que ainda ardiam com ódio. Ele não respondeu de imediato, somente me encarou, como se estivesse decidindo se eu merecia saber mais ou se deveria somente me deixar afundar na culpa.
— Não façam essas expressões de choque — rosnou Magnos, olhando para mim e meus pais, dando um passo à frente, os punhos cerrados. — Você a rejeitou, Caspian. Vai dizer que não sabia que lobas rejeitadas se suicidam? Todos sabem o que acontece com a grande mai