Rio de Janeiro, Brasil.
Karla andava impacientemente para cima e para baixo no corredor branco e frio do hospital particular para o qual havia levado Emiliano, apertando as mãos nervosamente.
"Senhorita." A voz do médico falando em português chamou sua atenção.
Karla franziu a testa e, felizmente, ela sabia o idioma, então falou.
"Como isso continua?", perguntou ele.
"Precisamos operar agora, caso contrário o paciente morrerá. Você é um parente?", perguntou o especialista, "precisamos de autorização".
Essas palavras ecoaram no cérebro de Karla.
"Miguel não me perdoaria, mas se eu autorizar e ele morrer... Deus me ilumine!"
Karla não sabia que decisão tomar, sentia-se em uma situação difícil.
"Dê-me alguns minutos", ele pediu.
A médica assentiu, tirou o celular da bolsa e ligou novamente para o primo, mas Miguel não atendeu mais.
"Com certeza eles já viajaram, e agora?", ele sussurrou. Ele se encostou em uma das paredes e ponderou os prós e contras dessa decisão: "Seja o que Deus quise