Aurora acariciava suas costas, visivelmente confusa:
— Heitor, seu pai lhe disse algo?
Heitor negou:
— Não, só me bateu o medo de você me deixar.
— Como assim? Nosso filho está prestes a nascer, eu ainda conto com você para ganhar dinheiro para o leite em pó dele, então pare de fazer suposições sem sentido. Você tem estado sob muita pressão ultimamente, vá beber um pouco com eles hoje.
Aurora, carinhosamente, massageava o rosto de Heitor e até se ergueu na ponta dos pés para lhe dar um beijo.
Ela sorriu e perguntou:
— Está se sentindo melhor agora?
Heitor, segurando ela pela cintura com uma mão, puxou ela para perto.
Seus olhos profundos e insondáveis revelavam emoções que ele lutava para esconder.
Seus lábios quentes e úmidos tocavam a bochecha de Aurora e, com a voz rouca, ele disse:
— Contanto que você esteja comigo, eu não temo nada.
Então, ele baixou a cabeça e beijou seus lábios macios.
Os dois permaneceram no gramado, sob o sol brilhante do meio-dia, compartilhando um beijo apai