Geraldo já sabia qual seria o desfecho.
Seus olhos se estreitaram levemente enquanto perguntava:
- Você não teme enfrentar perigos ainda maiores ao voltar?
Aurora balançou a cabeça, resoluta, e disse:
- Não deixarei Marina sofrer sozinha por minha causa, vou vingá-la.
Geraldo conhecia o temperamento de Aurora desde a infância.
Ela era geralmente doce e obediente, mas, quando irritada, ninguém podia detê-la.
Ele suspirou, resignado:
- Vamos, eu te levo ao hospital.
Duas horas depois, Aurora abriu a porta do quarto de Marina.
Não era Marina quem estava lá, mas sim a alta figura de Heitor. Seu rosto estava pálido e seus olhos, profundamente encovados. Uma expressão nunca antes vista marcava suas distintas sobrancelhas.
Ele caminhou até Aurora e a abraçou gentilmente.
Sua voz estava repleta de uma ternura extrema.
- Não se preocupe, Marina apenas fraturou o fêmur, ela já está fora de perigo.
Aurora estava surpresa:
- Não disseram que ela estava inconsciente e entre a vida e a morte?
Heitor