Parte 1...
Durante a volta para a casa dela, ele sentiu uma mão invisível apertar seu coração. No passado ele tinha feito esse mesmo trajeto várias vezes, mas de uma forma diferente.
Ele sempre estava com a mão na sua ou ele segurando seu joelho. Sempre tinha que ter algum toque, algum gesto que os deixasse ligados.
Sua garganta ardia de vontade de falar tudo o que tinha preso, que sentiu quando ela o deixou. Vontade de jogar na cara que foi atrás dela dias depois para pedir que voltasse para ele, com ou sem traição, que eles resolveriam a questão do roubo, que iria ajudá-la se estava necessitando tanto de dinheiro.
Ele iria conseguir um modo de corrigir os erros dela, mas não a achou. Era tarde demais.
Ele parou o carro na vaga e ela logo abriu rápido a porta.
— Posso entrar? - ele pediu.
— Eu não acho que...
— Por favor, Anelise - pediu de novo — Só cinco minutos.
Ela respirou fundo. Seria uma outra batalha. Não seriam só cinco minutos. Ela sabia bem.
— Anelise...
Ela iria embora e