Madelaine
Pisco os olhos diversas vezes enquanto formulo uma resposta.
— Não estou acostumada com esse tipo de bebida — faço uma careta involuntária.
Ele dá uma risadinha.
— Por isso sempre escolho cerveja, não tem erro — ergue a longneck pela metade em sua mão, dando um gole na mesma em seguida.
— Admiro quem consegue beber isso, é tão amargo — mais uma careta involuntária.
Que merda eu estou fazendo?
— Se importa se eu me sentar? — aponta para a cadeira.
Meu cérebro vai entrar em ebulição.
Será que Deus resolveu me dar um dia de sorte depois de toda merda que passei?
Quem sou eu para reclamar?
— Não, não, fique à vontade — falo rápido demais para o meu gosto.
Será que ele me deixa sentar nele?
Ele puxa a cadeira e se senta. Coloca a longneck sobre a mesa e passa a me olhar.
Minhas bochechas estão pegando fogo. Consigo sentir o frescor sutil do seu perfume.
— E que tipo de bebida gosta? — ergue a sobrancelha.
— Vinho, amo vinho — confesso, tamborilando os dedos na mesa.
— Interes