Um brasão (III)

Mas não foi o que aconteceu, porque na maioria das vezes, a vida não é como a gente quer e as coisas não saem da maneira que desejamos.

Quando recebemos a notícia da morte de dona Cláudia, Simone ainda estava de pijama, na recepção do hospital público da nossa cidade.

Eu quis chorar. Quis muito chorar e gritar. Sofri muito mais a perda de dona Cláudia do que a do meu pai.

Mas pela primeira vez na vida eu fui forte. Me mantive firme, engoli em seco o choro e acolhi a minha melhor amiga nos meus braços. E Simone, sempre tão forte e decidida, se transformou num ser vulnerável, que se dobrava de dor... dor da perda, que imaginei que era a pior do mundo.

Nós sentamos no sofá da recepção. E ficamos ali, perdidas... muito mais porque sabíamos que ninguém mais olharia por nós da forma como dona Cláudia fazia, do que qu

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