— Por que você acha que pode mandar em mim?
Murilo quase pulou de raiva.
Preparar café da manhã e almoço para Melissa já era o limite para ele, e agora ainda tinha que ouvir as ordens dela e pegar limões? Isso era pior do que a morte.
Melissa olhou para ele calmamente.
A atitude de Murilo foi diminuindo lentamente, até que ele saiu resmungando.
Vinte minutos depois, Murilo jogou os limões ao lado de Melissa.
Melissa levantou a cabeça do quadro, olhando para os limões que ainda estavam na sacola de plástico, e disse, sem palavras:
— Você acha que isso dá para comer?
Murilo levantou o queixo:
— Por que não daria? Esses são os limões mais caros que encontrei na loja de frutas!
"Isso é uma questão de preço?"
Melissa olhou profundamente para ele:
— Os limões precisam ser lavados, fatiados e colocados na água antes de virarem limonada.
"Tanto trabalho assim?"
Murilo olhou para Melissa com uma voz de aviso:
— Melissa, não exagere.
Melissa sorriu:
— Estou exager