Adrian
Mirela me encarava com uma expressão indecifrável. Não conseguia olhar em sua face e distinguir o que a mulher estava sentindo.
— A reunião será bem rápida se você for sincera em sua resposta — começo — O que você veio fazer na minha sala nos dias em que estive no cruzeiro?
Um sorrisinho surge em seu rosto e eu sinto vontade de esganar essa mulher à minha frente.
— Não posso vir na sala de meu futuro marido? O que você esconde de mim, meu amor, que eu não possa entrar em sua sala?
— Olha aqui, sua lambisgoia de araque — Ariane altera-se, colocara-se de pé, grirtando e apontando o dedo para a cara de pau da Mirela — Você sabe muito bem que ele não vai casar com você. Para de fazer esses joguinhos!
— Não há jogos — declara, espalmando as mãos sobre o ventre inchado — Estou até esperando um filho dele. Como não seríamos namorados, prestes a marcar a data do casamento? Por isso eu vinha aqui: pra sentir o cheiro dele que ficou nessa sala.
— Então não nega que ficou aqui dentro sem