Confronto e verdades.
Ana me encara de olhos arregalados do sofá quando entro com Malachi sem camisa atrás de mim. Entendo que é impossível não encarar seu peitoral e braços definidos, e isso me irrita ainda mais. Toda a situação é uma loucura; me sinto como a Alice quando caiu na toca do coelho e pensou que estava pirada.
Não posso — ou consigo — acreditar no que aconteceu... É demais para minha mente processar.
— O que está acontecendo? — Ana pergunta preocupada e se levanta.
— Malachi tem algumas explicações para dar — respondo e, como disse antes, deixo o número de emergência discado. — Melhor se sentar, Ana.
Sento-me perto dela. Encaramos Malachi, que continua em silêncio e em pé, com os braços cruzados contra o peito. O cretino é delicioso; nem no meu momento de surto consigo ignorar esse fato. Meu corpo começa a aquecer à medida que o observo. Uma tensão se constrói em meu ventre, e fica difícil respirar tranquilamente. A atração é mais forte, e nem mesmo vê-lo se transmuta