Eu podia escutar o coração dele batendo calmo, estávamos quase no mesmo compasso. Quanah usava a ponta dos dedos para desenhar traços irregulares em minhas costas e me arrepiar.
Ainda não conseguia entender o que tinha acontecido ali, algo estava diferente, mas eu não sabia dizer o que era. Ou não queria me iludir e supor coisas que só iriam me ferir no futuro.
Quanah queria me manter por perto e eu estava carente, era a única explicação para ficarmos nos arrastando daquele jeito um para o outro.
— Não é por isso. — sua voz estava baixa e mais rouca que o normal e aquilo fez seu peito tremer. — Você sente a corrente elétrica que gira em torno de nós.
— Isso não te impediu de me manter longe antes.
Quanah inspirou fundo e seus dedos pararam o que estavam fazendo, sua mão quente parou ali apenas me segurando contra ele.
Demorou tempo de mais, cheguei a pensar que ele não diria nada, quando ele finalmente abriu a boca para falar.
— A mulher que me deu a luz, foi pra cama com meu pai apen