Ele sorriu
- Comigo não e com você?
- Encontrei a Fábia e ela disse que te viu.
- Eu sabia que precisava te encontrar.
Ela enxugou uma lágrima que rolou por seu rosto gelado
- É, porque?
Ele se levantou, a olhou sem jeito
- Não sei também, apenas senti. Não tem mais ônibus, vamos sair daqui.
Esticou a mão
- Vem comigo!
- Está tarde, no carro conversamos.
Ela se levantou triste e envergonhada
- Perdi o último ônibus, fiquei sem bateria, eu não...
Ele interrompeu
- Não precisa se explicar, eu deduzi que algo errado havia acontecido. Tentamos falar com você, a Mel, eu.
O celular dele começou tocar, ele pediu licença e atendeu, foram para o carro, era uma ligação de trabalho, assim que entraram, ele desligou, a olhou um pouco perdido
- Quais os seus planos pra hoje?
- Sei que mora longe!
- Tem alguma amiga ou? Não sei, tem lugar pra ficar?
- Além da minha casa?
Ela engoliu o choro
- Não! Mas, não precisa se preocupar. Se eu carregar o celular, peço para que alguém venha me bus