"Algumas cicatrizes não sangram por fora… mas ainda gritam por dentro."
O dia estava comum, o quartel em ritmo brando após semanas intensas. Sophia aproveitou para reorganizar os arquivos digitais da equipe. Estava sozinha na sala principal do QG, ouvindo uma música instrumental baixinha, até que a porta se abriu bruscamente.
— “Sophia Scoot.”
O nome dito em voz alta, firme, quase cuspido.
Ela congelou ao ouvir aquela voz. Virou-se devagar e ali estava ele.
Pierre Scoot.
O homem que dizia ter "cuidado" dela por anos. Alto, rígido, olhar gélido e um sorriso que nunca alcançava os olhos.
— “Soube que agora você brinca de ser gente grande, vestida de tática, cercada por militares… que piada.”
Sophia engoliu em seco, o corpo inteiro enrijecido. Mas não disse nada.
Pierre se aproximou com calma cruel, os olhos passeando pela sala como se estivesse analisando a fraqueza.
— “Sabe qual é o problema de deixar uma criança quebrada brincar com armas e segredos? Ela só serve pra causar transtorno