A madrugada avançava, e eu ainda sentia o calor do toque de Caelum na minha pele. Mesmo sozinha no quarto, com a porta fechada entre nós, meu coração continuava acelerado.
Eu passei as mãos pelo rosto, tentando acalmar a tempestade dentro de mim. Cada vez que fechava os olhos, revivia o momento no corredor—o jeito como ele me prendeu contra a parede, como seu cheiro dominou meus sentidos, como sua voz rouca sussurrou contra minha pele.
Eu queria lutar contra isso. Contra ele. Contra o vínculo que nos ligava de forma inescapável.
Mas a verdade era que eu também queria me entregar.
Freiren suspirou dentro da minha mente, sua presença calma, mas vigilante.
— "Você está resistindo a algo que já é seu."
Meus dedos apertaram o tecido do vestido.
— Eu não posso simplesmente aceitar isso — sussurrei.
— "Por que não?"
— Porque… — minha voz falhou. — Porque há segredos demais. Porque ele não sabe tudo sobre mim. Porque se souber, talvez me odeie.
Mas eu não disse nada