Dafne não sabia como responder ao entusiasmado pedido da pequena. Mas tentou elaborar uma resposta plausível.
- O papai já é muito grande para ser beijado – ela respondeu, apressada.
- Não é, não. É, papai? – rebateu Lavínia com um sorriso fofo.
- Claro que não. – Ele disse com um brilho nos olhos que reconhecia o embaraço de Dafne. Cézar aguardou.
Sem opção, Dafne ficou na ponta dos pés e tocou os lábios na face dele numa breve carícia.
Cezar sorriu, com perversa diversão.
- Agora, onde vamos pôr a árvore? No canto ou perto da janela?
- Perto da janela, acho.
A dor de cabeça de Dafne tinha desaparecido, e, esforçando-se para afastar da mente tudo o que não fosse a alegria daquele momento, ajudou sua filhinha a desembrulhar os enfeites enquanto Cézar colocava a pesada árvore em posição.
Logo, ele acendeu as luzes, e todos se afastaram para admirar, antes de empilhar os vários pacotes em torno da base. Depois de consultar o relógio, Cézar disse para Lavínia.
- Está na hora de ir para a