Ângelo olhava para a mãe diante de si, cada vez mais desapontado.
Ela já foi bondosa! Quando ele era bem pequeno, o levava ao orfanato para ajudar outras crianças.
Bruna, a quem adotou, foi tratada como sua própria filha ao longo dos anos!
- Por que você se tornou o que é agora? - Após um momento, Ângelo perguntou com um tom cheio de desapontamento.
De repente, passando a raiva, para falar consigo mesma em um tom tão desapontado, deixou Raquel atônita.
A raiva a cegou. Foi então que ela se acalmou.
Percebeu o que havia dito. Fechou os olhos e conteve a fúria interior.
As pessoas realmente não deveriam se enfurecer, pois podiam se tornar estranhas até para si mesmas.
Respirou fundo e disse:
- Ângelo, não é que eu não tenha compaixão, mas isso não é algo que você possa resolver, entende?
Como lidar com isso?
Cuidar dela para sempre?
Ela não podia permitir que a família Pires tivesse uma nora deficiente.
Ângelo não disse nada, apenas observou sua mãe em silêncio.
Raquel continuou:
- Você