Nas duas semanas que trabalhei na casa dos ricos, passei por muitas coisas.
Primeiro o doutor Hebert tentou me cantar, depois tentou me dar dinheiro, que eu não aceitei, obvio.
Tranquei a porta da minha casa, e fiz o sinal da cruz, precisava me focar nos estudos e fugir de um safado velho estava me deixando apreensiva.
— Qualquer hora acerto um soco na carona dele. – Falei para o meu reflexo na porta do elevador. — Idiotão.
O elevador chegou, e com ele meu maior pesadelo. O Doutor Hebert, que de cara já me deu um sorriso ladino. Ele só podia estar lá de propósito, já que morava abaixo de mim.
— Tatiane. – Ele escorou a mão branca na porta do elevador. — Acredita que estava pensando em você?
— Hum. – Dei um sorriso amarelo. — Errou o andar? Porque aqui é um pouco diferente do seu. – Me afastei dele com o coração na mão, era só alguns andares.
O velho safado tocou no meu cabelo, e passou a língua nos lábios finos.
— Sabe que não precisa ficar trabalhando assim, eu posso te oferecer