- É claro que eu não faria uma vasectomia aos 22 anos, Maria Lua – ele afastou-se um pouco de mim, com o semblante sério – Até porque desejo ter um filho futuramente. E diferente do meu pai, não tenho medo de alguém aparecer exigindo teste de paternidade por dois motivos: o primeiro é que sempre uso preservativo. E o segundo é que não saio por aí comendo todas as mulheres que vejo pela frente.
Senti meu coração acelerar e respirei fundo:
- Tem mulheres que furam as camisinhas, como Salma.
Theo tentou abraçar-me, mas estava com a mão presa numa das algemas:
- Abra isto aqui, por favor.
Fui até a gaveta e peguei a chave, dentro da caixa com preservativos. Abri a algema e Theo sentou-se na cama, me abraçando:
- Maria Lua, eu sinceramente não me importo como veio ao mundo... Mas sou imensamente grato a Salma, por existir alguém por quem eu daria minha própria vida, que é você. Imagine se fosse filha biológica de nossos pais... E nos amássemos?
- Nos amaríamos como irmãos de sangue. Seria