Assim que despertei, senti uma forte dor de cabeça. Fechei os olhos, mordendo o lábio. Os abri novamente e demorei a assimilar o local onde eu estava.
A cama pequena e desconfortável dera lugar a uma king size macia, com lençóis bem lavados, passados e com aroma de limpeza. A almofada fora substituída por tantos travesseiros que eu mal conseguia contar... Todos muito bem enfileirados, dois deles acomodando minha cabeça. Creio que a cama fosse pouca coisa menor que o tamanho do quarto onde dormi nos três meses que passaram.
O ar era inodoro. Milagrosamente não havia cheiro de cigarro, sujeira, comida ou perfume barato. Haviam persianas que escondiam os vidros e impediam a claridade de adentrar no dormitório.
Banheiro? Deus, realmente tinha um banheiro no meu quarto?
Mas faltava uma coisa... A mais importante: meu cão da montanha dos Pirenéus.
Tentei levantar, mas a tontura me impediu.
A porta se abriu e mamãe apareceu. Sorriu e olhou para trás:
- Ela acordou!
Então lá estavam eles: os