Levantei-me de imediato, enquanto Rodrigo permaneceu sentado. Isso, a princípio, não era nada demais. Afinal, ele havia me ajudado e era mais velho que eu. Não tinha obrigação de se levantar. Mas o problema foi o tom que ele usou, quase como se estivesse me dando uma lição de moral:
— Chico, quando for fazer um brinde, precisa encher o copo até a borda. Deixar o copo pela metade, como você fez, é muita falta de educação.
Naquele momento, passei a gostar ainda menos dele.
Minha cunhada, com um sorriso no rosto, tentou amenizar a situação:
— Ah, Rodrigo, o Chico acabou de entrar no mercado de trabalho, ainda está aprendendo. Espero que você tenha paciência com ele.
Enquanto falava, ela completou o meu copo de vinho.
Engoli o orgulho e, com uma expressão contrariada, virei-me para Rodrigo:
— Sr. Rodrigo, foi falta de atenção minha. Peço desculpas.
— Não tem que pedir desculpa. Só estou te dando um toque. Sente-se. — Respondeu ele, com a mesma frieza.
Sem dizer mais nada, virei o copo de u