Capítulo 4

Passo a mão de leve sobre meus seios doloridos, enquanto ando pelos corredores da base.

Quando acordei hoje, vi que a fera não estava na cama, mas em compensação meus seios estavam todos roxos de cupões. Pelo visto ela passou a noite inteira mamando.

Uma coisa estranha, mas eu não posso julgar, cada um tem seu geito de viver.

Caminho mais depressa até a ala de descanso da base e encontro meu neném rodeado de soldados. Todos se encantaram com sua presença.

Nessa base todos sabem sobre o sobrenatural e não tem preconceito. Mas só aqui, nas outras bases quem sabe não pode contar para ninguém, pois poderia colocar em risco todo o mundo sobrenatural.

Entro pela porta e vejo meu filho esticar os bracinhos em minha direção. Sorrio e o pego no colo, colocando meu seio para fora da blusa e o amamentando. Warrior estava muito lindo na roupa que eu escolhi, uma blusa com desenhos do pato Donald, uma blusa de frio cinza e uma calça de moletom combinando.

Depois de amamentar meu pequeno, faço ele arrotar e o coloco para dormir no berço que eu criei.

Escuto passos apressados vindo em minha direção e olho para trás, vendo um soldado bater continência e começar a falar.

Soldado: senhora o major a chama!

Eu: ok, estou indo, obrigada - ele faz outra continência e sai.

Beijo a testinha do meu bebê e suspiro andando até a sala do major. Já até me preparo para a dor de cabeça que irei ter. Sempre que o major me chama é porque aconteceu algo grave.

Bato na porta ao chegar e escuto um entre.

Entro e bato continência a ele que sorri e me manda sentar. Sento e espero ele começar a falar.

Major White: bom América, te chamei aqui, pois tenho um assunto um tanto peculiar para você - fala me deixando curiosa e apreensiva - na noite passada alguma....coisa, atacou pessoas que estavam acampando na floresta. Ao total eram 10 pessoas acampando e só 1 sobreviveu, América. E pela descrição da pessoa que sobreviveu, a tal coisa era parecida com isso - me entrega uma folha com algo desenhado.

Olho para o desenho e fico em choque, era a fera que estava comigo a noite! Oque eu não entendo, é porque ela fez isso, ela parecia tão pacífica ontem comigo.

Entrego a folha de volta para ele e suspiro, começando a contar todos os meus encontros com a fera.

Quando acabo, sua cara não é a das melhores. Fico receosa de sua opinião e minhas mãos começam a soar.

Major White: bom....Pelo que parece essa tal fera não te ataca, mais ataca outras pessoas. Com base nos meus conhecimentos, eu tenho 70% de certeza que você é a companheira dele.

Fico surpresa com sua resposta mas não deixo de pensar que pode ser verdade. Ela em momento algum se fez perigosa na minha frente, tirando o nosso primeiro encontro, claro.

Eu: irei a sala de provar e verei se tem algo dela lá. Também procurarei nos livros sobrenaturais. Mas eu tenho certeza de que ela não está fazendo isso por que gosta. - saio de lá pensativa e vou direto para a sala de provas.

Fico por horas lá dentro olhando os papéis que pegamos naquele lugar. No final descubro que a fera é macho e que é chamado de projeto alpha. Ela é uma mistura de vampiro, Cérbero e lobo, a fera foi criado desde criança naquela clínica, sofrendo torturas e sendo treinada para matar.

Descobri também que ele tem uma vontade incontrolável de matar, o projeto alpha, era uma arma para benefícios próprios do líder dos cientistas malucos.

Coitada da fera, ela não merecia ter sofrido isso!!

Saio da sala de provas atordoada e vou até meu bebê.

Ele ainda estava dormindo, então o pego cuidadosamente no colo e vou para a saída da base.

Ao chegar lá fora, vejo que já está de noite e o céu está estrelado, uma vista linda de se ver

Entro no meu carro e saio para casa. No meio do caminho me sinto ser observada e olho rapidamente para os lados, não vendo nada. Ao voltar meu olhar para frente, vejo a fera e freio rapidamente olhando para trás logo em seguida, vendo meu bebê com carinha de choro.

Olho para a fera irritada e desço do caro, indo pegar meu bebê. Tiro rapidamente o cinto da cadeirinha e pego meu pequeno no colo.

Começo a nina-lo e olho para a fera que me olha estranho.

Eu: parabéns você fez meu filho chorar, sabia que podíamos ter sofrido um acidente?

Começo a falar alto com ele, mas logo minha atenção vai para meu bebê, que puxava minha blusa para baixo. Suspiro e me sento ao lado do carro abaixando a blusa e pondo meu peito em sua boca.

Sorrio olhando para a carinha dele e sinto a fera do meu lado. Olho para ela suspirando e pergunto

Eu: porque matou aquelas pessoas?

Vejo seu olhar escurecer e ela faz um barulho parecido com um resmungar descontente.

Fera: não controlo essa parte em mim. A única pessoa que não sinto vontade de matar, é você e agora esse filhote em seus braços.

Fico surpresa por ele falar e por não sentir vontade de matar meu pequeno.

Eu: eu sou sua companheira? - pergunto na lata

Fera: você é bem direta em...mas sim, você é a minha companheira.

Eu: legal, agora eu tenho que ir para casa. Meu pequeno tem que tomar banho - olho para meu filho dormindo em meu colo.

Fera: nosso filhote.

Fico surpresa com sua fala, mas sorrio me levantando e tocando sua cabeça em um carinho.

Ando até o carro escutando a fera rosnar e gargalho, ageitando Warrior e entrando no carro, dando partida em seguida.

Parece que meus dias a partir de hoje vão ser bem.....curiosos.

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