Laura
Eu estava em meu quarto, pensativa sobre as coisas que haviam acontecido naquele dia quando Isabel invadiu meu espaço particular e se jogou em minha cama, não ligando para o estado que me encontrava. Ela parecia frustrada com algo, igual a eu mesma. Foi inevitável não me compadecer com ela, embora uma parte de mim tinha quase certeza que nossos problemas tinham proporções muito diferentes, sendo assim mais difíceis de resolver. — Algum problema, Isabel? — perguntei, estudando a expressão exasperada que dominava seu rosto aos poucos. — Me chame pelo meu apelido. Você prometeu — ela disse, me fazendo soltar um suspiro. Graças a todas as coisas que eu escondia dela e de todos, eu ainda não estava pronta para chamá-la por seu apelido, mas me obriguei a fazer, uma vez que aquela conversa não iria para frente se eu não o fizesse. De jeito nenhum. — Ok, Isa. O que tanto te incomoda? Ela me olhou por alguns se