177 A CARTA A CÉSAR

Um silêncio ensurdecedor caiu sobre a sala quando César terminou de ler a carta. Seu venerado pai, o homem que ele sempre considerou um pilar de retidão, havia feito isso com sua amada mãe. Era uma realidade que sua mente se esforçava para processar. Com as mãos trêmulas, ele abriu a carta endereçada a ele:

Caro César:

 Escrevo esta carta a você com os últimos vestígios de força que me restam nesta vida. Decidi falar com você pessoalmente, revelar-lhe muitos segredos e explicar as razões por trás de minhas ações, mas, mesmo neste último momento, percebo que ainda sou egoísta. Quero preservar até o último segundo da minha vida o amor, a admiração e o respeito que você sente ao

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