Eu sinto um arrepio percorrer meu corpo, ele está claramente me ameaçando e, pela sua atitude lá no restaurante, eu acho que ele é bem capaz de cumprir as ameaças. Ouço sua risada e volto aos meus sentidos.
— Você está me ameaçando?
— Pense como quiser.
— O que você pretende com isso, Samuel? Você me oferece ajuda, me faz acreditar que você me ama, se casa comigo, e aí no final você arruma uma amante e tenta me tirar da minha empresa. Qual é a sua? — sorrio, com ironia — eu só quero entender.
— Você quer mesmo continuar conversando aqui? — questiona, olhando na direção da sala de jantar.
— Nós podemos conversar no meu quarto, lá…
— Não! Nós vamos para nossa casa. Estou te esperando na garagem. — Diz e sai sem deixar espaço para discussão.
Eu olho a porta que acabou de ser batida e meu coração parece que vai ter um colapso, é uma mistura de raiva, ansiedade, excitação… O cheiro dele ainda continua aqui e meu corpo inteiro está reagindo à presença dele. Se eu disser que não estou