Não posso desmoronar agora. Não posso desmoronar agora… Eu fico repetindo as palavras como um mantra, na minha cabeça, tirando força do mais profundo do meu ser para reagir à tudo isso de maneira que eu não seja mais humilhada mais do que já estou.
— Isso não é um pedido, ou algo que você tenha poder de decisão, Jules. — Ele fala sem nenhuma emoção — Você não entendeu ainda? Você perdeu! Está completamente acabada!
Eu rio quando ouço suas palavras, rio de nervoso. É muito cínico mesmo esse homem, dormiu comigo a noite e agora está aqui me enxotando da minha empresa, me colocando pra fora como lixo.
— E quem você acha que é para dar ordens aqui? — Pergunto, encarando-o, sem abaixar a cabeça.
— Daniel, dê a ela os documentos — Daniel vem até minha mesa e coloca três pastas na minha frente — Olhe, nesses documentos tem várias ações criminosas feitas por vocês, você e o seu pai — diz, com aquele ar superior que eu odeio.
— Ações criminosas? Que brincadeira é essa Samuel? — questiono