— Era Betina? Já tem que voltar? — Daniel perguntou.
— Era, sim, mas não preciso voltar. Tina vai me dar cobertura.
— Quer ir lá pra casa?
— Pode ser. Melhor irmos antes que a chuva caia.
— A moto tá em um estacionamento mais ali para frente. Vamos!
Não demoramos nada para chegar em casa. E assim que Dani abriu o portão da garagem, a chuva começou a cair. Sorrimos e entramos o mais rápido possível.
— Vou pegar uma bebida pra gente — Dani falou, me deixando à vontade no sofá verde-escuro da sala. — Sari!
Daniel me gritou e me assustei. Corri até a cozinha e o vi todo molhado, segurando a torneira da pia com uma mão e tentando tapar o rosto da água que jorrava sobre ele, com a outra.
— Nosso Deus, o que foi que aconteceu aqui? — falei sem me aproximar muito.
— Desculpa, mas você vai ter que se molhar. — Sua voz saía alta para que eu o ouvisse do outro lado do vazamento. — Preciso que abra essa porta do armário debaixo da pia e gire o registro para fechá-lo, por favor!
Confirmei com