Olivia
— Não, não! — gritei, mas gritei com todas as minhas forças, isto é, até perceber que outra pessoa gritava ao meu lado e tentava me segurar. Parei de me debater subitamente ao perceber em que lugar eu estava. Eu conheço essas paredes de vidro, o sofá de couro e a mesa cheia de documentos que se estendiam na minha frente. Assustada, virei para o lado e vi minha assistente me segurando com força enquanto me encarava assustada.
— Alina? — perguntei sem acreditar no que via, deve ser uma ilusão do pós morte. Se é que isso existe.
— Senhorita, você finalmente acordou. — me solta devagar.
Seus olhos são assustados e cautelosos. Ela não tem certeza se estou bem.
— Eu estou morta? — pergunto.
Alina parece desconcertada com minha pergunta e abre e fecha a boca algumas vezes antes de me responder.
— Se a senhorita está morta, eu também estou. — responde um pouco incerta.
Não, Alina não estava na sala comigo na hora em que tudo aconteceu. Era só eu e Klaus. Tem algo estranho acontecendo.