LAURA ON (NO TRABALHO)
— Meu Deus, Laura! Quanto suspense! — a Joyce exclama, quando chegamos no restaurante onde iremos almoçar.
— O local de trabalho não era o melhor lugar para conversar. — explico.
Escolhemos uma mesa e nos sentamos.
— Mas você se manteve em silêncio a manhã toda, nem para adiantar o assunto. — Joyce reclama.
— Eu não queria falar sobre isso logo cedo. — continuo — Na verdade, acho que nem agora estou pronta.
— Chega de enrolação, Laura. Me conta logo, o que houve? — Joyce me pressiona.
Respiro fundo para revelar a tomada de decisão que tive ontem:
— Eu pedi o divórcio.
A boca da Joyce forma um perfeito O.
— C-como? — quando ela enfim consegue dizer — Tão de repente assim? Sem mais e nem menos?
— Tinham motivos para o casamento chegar a este ponto, Joyce. — lembro.
— Eu sei, é que foi inesperado. — ela admite — Você sempre tão certinha, é a última pessoa que eu imaginaria se divorciar.
— Está me rotulando, Joyce? — pergunto, provocando — Se um homem se divorcia