Fabiana
Em algum momento nos últimos segundos tudo desandou. Eu estava servindo Alice, ela começou a questionar o passado, sem me deixar explicar, estava fora de si, quando dei conta já estava com o rosto ardendo pelo tapa e ouvindo meu filho gritar e vir correndo.
— Não pode bater na mamãe. — Ele chora e bate com o cavalinho de pelúcia em Alice, que não sabia como agir.
— Calma, garoto. — Marcos pegou ele no colo, que continuava esperneando.
— Não gosto dela. Não gosto desse cavalinho feio. — Ele joga o brinquedo nos pés de Alice. Os olhos dela se enchem de lágrimas.
— É melhor vir comigo, Fabiana.
Meio atordoada com o que acabou de acontecer, sigo Marcos para fora da casa, parando na varanda.
— Me dá o meu filho. — Estendo os braços, me segurando para não chorar e deixar meu pequeno mais estressado.
Estou tão cansada dele presenciando cenas assim, tão cansada de ver meu filho vir em minha defesa quando eu é que deveria protegê-lo. Achei que sair da casa do velho Bento mudaria nossas