Um silêncio desconfortável paira na ligação, e eu chamo pelo nome dele, ouvindo o som de uma porta se fechando ao fundo.
— O que foi? Não entendi direito, você caiu? — ele pergunta, sua voz preocupada.
— Ah, vem logo. Depois eu explico — respondi, tentando manter a calma, mesmo sabendo que a dor nas costas não vai deixar isso fácil.
— Ok — ele diz, e posso sentir a determinação na voz dele. Essa certeza me dá um pouco de conforto, como se tudo ficasse bem.
Encerro a chamada e olho em volta, tentando processar a situação. O estacionamento continua agitado, mas estou tão focada em esperar por Lucca que tudo ao meu redor parece embaçado. Ele vai me procurar, e, por um momento, sinto que tudo pode se resolver.
A mulher que está ao meu lado se inclina para me ajudar. Ela coloca um casaco sobre meus ombros, e isso me dá um leve conforto, como se o gesto caloroso dela fosse um abrigo temporário contra o caos. Ela me ajuda a me levantar e me senta na muretinha, onde o concreto frio me lembra