Respiração. Uma, duas, três vezes. Vou me acalmando, sentindo Taty logo atrás de mim, meio hesitante, como se estivesse se preparando para uma conversa que poderia mudar tudo.
— De verdade, me desculpe, eu não devia ter te inscrito sem sua autorização. Eu não… — Tatyana começa, mas eu a interrompo.
— Quieta, Taty. — Peço, me virando para ela. Os olhos castanho-claros dela estão bem abertos, e é quase como se ela estivesse esperando que eu jogasse outro ovo na cara dela. — Eu estou sim muito brava com você.
Ela entorta a boca, um gesto que mostra um pouco de remorso, e abaixa um pouco a cabeça, mas ainda assim mantém os olhos fixos em mim, como se quisesse entender cada palavra que estou prestes a dizer.
— Mas eu sei que você não fez isso por mal. — Continuo, deixando um suspiro escapar. — Sei que você acredita em meu potencial e que fez isso pensando na minha felicidade.
Então, me aproximo dela e seguro a mão dela, fazendo um gesto suave que transmite compreensão. É um momento delicad